terça-feira, 2 de novembro de 2010

morte

Um barulho e logo após, um silêncio mortal e completo.
Ganhei alguns minutos antes da escuridão mental completa, e tudo o que consegui pensar foi: E a minha vida?
Me lembrei de quando era apenas uma criancinha correndo pro colo da minha mãe - como ela me protegia! Porque não está aqui comigo? -, lembrei de como fui crescendo, das bobeiras que fiz sem motivo, dos meu professor de matemática me ensinando a somar e de como a empregada da minha casa era legal. Me vi grande, apaixonada, arrependida, machucada, feliz. Lembrei de onde jantei a primeira vez com meu marido e de como foi emocionante o seu pedido de casamento nos letreiros de New York, atentei-me para o quanto ele havia me feito feliz - e agora, quem vai cuidar dele? -. Lembrei dos almoços em família no domingo e de como toda aquela união me fazia bem! "Vou sentir falta disso tudo que vivi, tenho certeza!" foi o que pensei.

E depois desses breves minutos, tudo acabou, a dor, o medo, as lembranças, tudo havia ido embora! Não existia mais memória e nem nome. Eu não era mais humana!
Não precisava falar ou ouvir, havia me despido de todo esse traje corpóreo, não respirava, nem pensava, era apenas o universo e eu. Eu era apenas energia ...

4 comentários:

- Wanessa C.C.C disse...

sem palavras, cabuloso! (:

pp1993 disse...

AMEEI :) colocarei na lista de blogs favoritos, mesmo que meu blog esteja inabitado hahhah
super lindo amiga! <3

Unknown disse...

own *-* ativa logo esse blog! http://tecendopoemas.blogspot.com/

Paulo Santos. disse...

ficou bom pra caramba :D foi você que escreveu?

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"Nos demais o coração tem moradia certa, fica aqui, bem no meio do peito. Mas comigo a anatomia ficou louca, sou todo coração!" V.M

 
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