sexta-feira, 15 de abril de 2011

Fra(n)queza.

Que deve haver no mundo pelo menos uma pessoa que dê certo comigo, disso eu tenho certeza! Mas quantos buracos vou precisar abrir em mim e em outras diversas pessoas pra conseguir encontrar? Quantas garrafas eu vou ter que secar até encontrar alguém pra curar minha solidão de verdade? Eu beijo um, durmo com outro e da  mesma forma não encontro! Cansei! Quero desistir. Não quero deitar na cama de mais nenhum cara que mente pra mim dizendo que eu sou a melhor pessoa que ele já encontrou, ou que eu sou a cura para os seus problemas e solidões. Todos eles no final mentem. Fingem. Machucam. Podem parecer anjos e no final a mim aparentam ser demônios perturbando minha paz de espírito. Eu queria poder me dar a ousadia de desistir. Pelo menos por um tempo. Só pra me recuperar! Na verdade, eu queria conseguir ficar só. Eu e Eu. Mas eu não consigo. Sou fraca. Fraca no amor. Fraca pra dor. Fraquejando a cada oportunidade que me é lançada. E o pior de tudo, eu não sou franca. Nem com você, nem comigo, nem com o próximo. Eu minto. E nas minhas mentiras a pior prejudicada sou eu mesma. Mas como vou mostrar pra todo mundo que eu sou assim? Incapaz de me satisfazer com as migalhas que todos insistem em me oferecer. As vezes até trocam ou vendem. Quem quer que seja que me jogou nessa bagunça, deveria ter a obrigação de pelo menos me dar o privilégio de não precisar ficar me entregando e nem me humilhando por amor. Nem por carinho e nem por verdades. Será que meu destino é não encontrar e nem pertencer a alguém que valha a pena? É me entregar a esbórnia e esquecer essa história-fajuta de felizes pra sempre e de beijos e abraços-verdadeiros? Confesso que sinto medo. De fazer essa escolha, viver, viver e reviver, e no final acabar com o nada. Mas que diferença faz? Aparenta a mim que de qualquer forma esse será o fim. Então, porque não aproveitar agora? Fumar mais alguns cigarros, experimentar mais alguns drinks e lençóis novos! Eu não quero algemas, que me prendem e querem me possuir. Nunca pedi por isso. Pra nenhum. E a unica coisa que eles fazem é isso. Me enjaulam como uma selvagem. Como se eu não soubesse meus limites e limitações. Meu desejo é ser livre. Só queria fazer isso com alguém. Não sendo dela. Mas com ela do meu lado. Querendo ser livre também. Será que isso é possível? Ou mais uma vez estou sendo utópica? Não seria uma grande novidade.. Mas quem começou essa palhaçada ilusória de que amor tem que ser oferecido só pra um. E só pode ser recebido de um. O Amor é tão sem barreiras, sem correntes, mas nós, pobres-mortais, que tem medo da solidão e precisão de alguém garantido como companhia, insistimos em deturpar essa liberdade-amorosa, essa vontade de amar, amordaçamos o amor e mesmo assim queremos que ele cante aos nossos corações o som da vida. Mas isso é impossível. Onde reina ciúmes e posse, o amor não consegue nem ser o sucessor.

5 comentários:

Unknown disse...

Nossa Iza, muito lindo! parabéns *.*

Mariana Rodrigues disse...

Eu estava com esses pensamentos ontem msm...
"Mas quantos buracos vou precisar abrir em mim e em outras diversas pessoas pra conseguir encontrar?"
Muito belo! Parabéns...

Anônimo disse...

Higor Ramos:
Meus parabéns, ficou demais.

Larissa Teixeira disse...

Amei! Parabéns, colega! =]

Anônimo disse...

nemly e nemlerey



mentira,ficou muito bom xD

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"Nos demais o coração tem moradia certa, fica aqui, bem no meio do peito. Mas comigo a anatomia ficou louca, sou todo coração!" V.M

 
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