sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Cerveja!

No minuto em que saí, já quis voltar e abraçar teu corpo quente e pedir perdão por mim, pelo mundo, pelas xícaras quebradas e pela casa bagunçada. Perdão por ser assim, meio sem mim, meio sem querer você! Me deixa voltar. Eu te quero de volta! E dessa vez eu te quero mesmo. Quero me deitar no seu cabelo scarlet e deixar ele me queimar inteiro, até que dentro de mim só reste você! Quero voltar pro nosso amor-juvenil. Onde tudo o que precisávamos era de uma geladeira com cervejas e alguns cobertores. Pra nossa cama-virada-de-pernas-pro-ar e te amar durante séculos, anos, segundos, dias, e voltar ao começo de tudo isso. Quero poder esquecer a parte ruim que vivemos. Me perdoe! Me aceite, me ame. Pelo menos mais uma vez. Mais uma vez me coloca no colo, brigue comigo, mas no fim me deixe voltar. Voltar a habitar dentro do seu coração. Não me expulse! É a unica parte no mundo onde consigo me encaixar! Não quero mais viver aqui, nesse apartamento-sem-luz-sem-chão-sem-céu-sem-você-sem-mim-por-completo-sem-nossa-rebeldia-sem-nosso-amor. E por que eu resolvi te pedir pra me aceitar de volta? Porque eu continuo sendo o idiota que não sabe largar os orgulhos e as mentiras, nem a bebida e os cigarros, muito menos você. Foi por isso que eu voltei. E estou pedindo para que o que você quiser fazer comigo, faça! Pode me bater, me sangrar, me matar. Mas, pelo menos, me deixe morrer, aí, do seu lado da porta. Vamos apenas nos abraçar e beber um litro de Whisky barato, até não sentirmos mais nada, não nos lembrarmos de nada! Por favor, me olha e diz que já esqueceu, que é passado, que me perdoa e que um dia as coisas voltarão a ser como um dia foram! Eu prometo te deixar viver depois disso. Mesmo que pra isso eu tenha que me matar aos pouquinhos por minutos sem você. Ne me quitte pas, Il faut oublier, tout peut s'oublier qui s'enfuit deja. Oublier le temps des malentendus et le temps perdu a savoir comment. Oublier ces heures qui tuaient parfois a coups de pourquoi le coeur du bonheur Ne me quitte pas. Não me abandone, eu estou doente! Mentira. Doente não. Eu estou morrendo! Minha Doença? Sua-aguda-e-incessante-ausência. É, é um nome próprio, assim como Tuberculose, Escarlatina e etc. É um nome próprio porque é único e significativo. Pelo menos pra mim. Não, é só pra mim mesmo. Só eu sofro e morro com ela todos os dias. Mas eu já encontrei a cura. Você. Se você se importa com a minha existência, se dê a mim. Se não, me deixe morrer. Não estou falando isso com raiva e nem fazendo drama. Você tem as duas opções. Mesmo, assim, do fundo do meu coração, eu preferiria a primeira. Mas a escolha é totalmente sua. Não porque eu tenha te escolhido pra isso, e sim, porque você é a unica que tem poder pra isso! Vai, escolhe. Mas me deixe pedir uma coisa? Se for escolher a segunda, me faça o favor de ir ao meu enterro. E me dizer que só fez isso porque eu merecia. Só porque eu merecia um castigo, mas que você também ainda me amava verdadeiramente e que se lembrará de mim pro resto da sua vida. Mas faça um esforço. Me dê vida novamente. Eu te imploro! 

2 comentários:

Unknown disse...

Nossa, muito lindo, muito mesmo! Parabéns Iza (;

Izabella Verônica disse...

Obrigada naty!

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"Nos demais o coração tem moradia certa, fica aqui, bem no meio do peito. Mas comigo a anatomia ficou louca, sou todo coração!" V.M

 
"O essencial é invisível aos olhos!" Saint-Exúpery