domingo, 30 de janeiro de 2011

Vendido

Coloquei uma faixa na porta da minha casa esses dias. Ela dizia: meu coração foi vendido. Até a um preço que ele valia. Quer dizer, ele estava tão mau arrumado, arruinado e sem-vida, que não valeria tanto assim! Eu se visse um coração daquele não o iria querer jamais. Quem compra algo sabendo que já foi usado e abusado?! Mais abusado do que usado. Eu não compraria algo que do nada pode parar de funcionar ou se espatifar todo. Talvez nem funcione direito mais. Mas alguém tomou coragem, e resolveu arriscar! Comprou. Pra minha felicidade. Não sei se pra dele ainda. Não funciono muito bem. Já funcionei, mas resolveram enfiar algumas chaves de fendas em mim e me arrancarem um pedaço-de-coração do meu peito. Mas eu dessa vez estou disposta a costurar essa cicatriz e deixar que o comprador assopre até que pare de arder. Eu preciso me dar essa oportunidade. Necessito de dar a última chance da minha vida se acostumar de alguma forma a esse mundo. Quem sabe com a ajuda do meu comprador eu consiga! Eu sei que ele está disposto. Resta saber se o meu espírito ainda comporta outro buraco com a forma de outro homem. Ele precisa comportar. Ele precisa entender que eu preciso disso. Que é a última chance...

1 comentários:

Anônimo disse...

APaixonadinha. kkk

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Very Gold

"Nos demais o coração tem moradia certa, fica aqui, bem no meio do peito. Mas comigo a anatomia ficou louca, sou todo coração!" V.M

 
"O essencial é invisível aos olhos!" Saint-Exúpery