terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Tudo por tudo

Acabei de desligar o telefone. Era sua mãe, me perguntando se eu tinha notícias de você. Mas como sempre a resposta que lhe dei não foi das melhores. Disse que a última vez que soube de você, foi aquela - como eu já havia contado a ela, mas era importante repetir para confirmar a realidade da lembrança - que um número desconhecido ligou no meu celular e só ficou chorando. Tinha certeza que era você. Ninguém choraria para a pessoa errada no telefone! Perguntei como você estava, disse que sua mãe queria que você voltasse, que havia correspondências fechadas endereçadas a ti e declamei minha saudade! E nesse momento você desligou. Como se já estivesse cansada de saber disso, ou talvez que não quisesse ter que pensar de novo nisso. O que tenho mais desejado em todos estes últimos longos meses é que você volte a ligar, mesmo que pra apenas ficar miando lágrimas no meu ouvido, assim pelo menos tenho certeza de que você ainda se lembra. De mim. Não, egoísta demais, você  nem me quer mais, imagine lembrar e pensar em mim. Então, de Nós. Você deveria ligar! Já é quase natal! O seu presente eu já comprei. Debilmente tendo esperanças que você estará aqui. Me lembro de quando você dizia ser o natal o dia em que as pessoas passavam o espanador no coração, limpavam os cantinhos e deixavam tudo brilhando! Desemperravam as gavetas onde se guardavam sentimentos e os enfeitavam com fitas de cetim para entregá-los a queridos seus. Era um dia célebre! Cadê sua honra? Esqueça logo todo esse seu plano. Só porque você quer mudar seus caminhos não precisa pedir para a vida transformar seus pés. Eu vou viver do jeito que você quiser agora! Até fazer comida de vez em quando. Comprar sorvete pra você! Descobrir o número do seu batom preferido no catálogo. Tudo tudo. Sei que falho sempre. Sou falho. Mas posso tentar. Continuar..

1 comentários:

Anônimo disse...

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"Nos demais o coração tem moradia certa, fica aqui, bem no meio do peito. Mas comigo a anatomia ficou louca, sou todo coração!" V.M

 
"O essencial é invisível aos olhos!" Saint-Exúpery